Pátria utópica [Brochure] : o grupo de Genebra revistado / António Barreto, Anna Benavente, Eurico Figueiredo, José Medeiros Ferreira, Valentim Alexandre ; pref. de Amadeu Lopes Sabino
Langue : portugais.Mention d'édition: 1. ed.Publication : Lisboa : Bizâncio, 2011Description : 319 p., [40 pages de planches non numérotées] : ill. ; 24 cmISBN : 978-972-53-0489-1.Note générale : Bibliogr. IndexRésumé : Como diz Amadeu Lopes Sabino, no prefácio deste livro : «Neste início de século e de milénio, depois de décadas de apagamento da memória histórica, é de difícil inteligência pelo comum dos mortais o mal-estar da juventude portuguesa nos anos 60: a diluição do tempo e da consciência, o amargo lodo dos dias, a acídia das manhãs, a melancolia das noites brancas. A ameaça da mobilização pairava como uma ave de mau auspício sobre os destinos individuais». Para os autores deste livro a solução foi partir. António Barreto sem nenhuma razão imediata, apenas porque estava farto de viver aqui; Ana Benavente que se casara aos 18 anos para «fugir à hipocrisia da moral vigente» e à «disciplina de vida imposta às raparigas», porque não queria que o marido fosse mobilizado para a guerra colonial; Eurico de Figueiredo que por razões de saúde estava isento do serviço militar, sabia que partir do Portugal salazarista estava «marcado nos astros» e nos mitos e tradições da família, e era essencial fugir à inevitável prisão; José Medeiros Ferreira partiu já numa situação insustentável e sem saídas, prestes a ser mobilizado num dos processos mais «dramáticos e até dilemáticos» da sua vida; e Valentim Alexandre, já na Guiné, sentiu necessidade de partir porque «em Portugal abafava-se» e porque crescentemente considerava estar do lado errado no conflito guineense. Fizeram de Genebra a sua Pátria mas regressaram a Portugal com o 25 de Abril e «deram à pátria de origem o que a Pátria adoptiva lhes emprestara: alguma ciência, a vontade de reformar não só a política mas também a sociedade, algumas esperanças e muitas desilusões (…)». [4e de couv.].Sujet - Nom commun: Migration Sujet - Nom géographique: Portugal | Genève (Canton) Sujet - Forme: BiographieType de document | Site actuel | Collection | Cote | Statut | Date de retour prévue | Code à barres |
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Bibliogr. Index
Como diz Amadeu Lopes Sabino, no prefácio deste livro : «Neste início de século e de milénio, depois de décadas de apagamento da memória histórica, é de difícil inteligência pelo comum dos mortais o mal-estar da juventude portuguesa nos anos 60: a diluição do tempo e da consciência, o amargo lodo dos dias, a acídia das manhãs, a melancolia das noites brancas. A ameaça da mobilização pairava como uma ave de mau auspício sobre os destinos individuais».
Para os autores deste livro a solução foi partir. António Barreto sem nenhuma razão imediata, apenas porque estava farto de viver aqui; Ana Benavente que se casara aos 18 anos para «fugir à hipocrisia da moral vigente» e à «disciplina de vida imposta às raparigas», porque não queria que o marido fosse mobilizado para a guerra colonial; Eurico de Figueiredo que por razões de saúde estava isento do serviço militar, sabia que partir do Portugal salazarista estava «marcado nos astros» e nos mitos e tradições da família, e era essencial fugir à inevitável prisão; José Medeiros Ferreira partiu já numa situação insustentável e sem saídas, prestes a ser mobilizado num dos processos mais «dramáticos e até dilemáticos» da sua vida; e Valentim Alexandre, já na Guiné, sentiu necessidade de partir porque «em Portugal abafava-se» e porque crescentemente considerava estar do lado errado no conflito guineense.
Fizeram de Genebra a sua Pátria mas regressaram a Portugal com o 25 de Abril e «deram à pátria de origem o que a Pátria adoptiva lhes emprestara: alguma ciência, a vontade de reformar não só a política mas também a sociedade, algumas esperanças e muitas desilusões (…)». [4e de couv.]
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